Hoje não vou procurar o traficante
Nem o médico, o padre ou o pastor
Não vou me afogar nas mulheres
Não vou falar bem do governo
Hoje não serei patriota
Não vou babar no pôr do sol
Hoje eu vou é vomitar todos os sapos no colo do meu patrão
Não vou ler jornal nem me olhar no espelho
Hoje não vou salivar pelo meu prato preferido
Hoje não vou tomar partido
Que gosto estranho tem a liberdade.
Nem no remédio que meu melhor amigo tem pra dor
Nem mal da oposição
Que se dane o Brasil, a China, o Afeganistão
Nem amaldiçoar a poluição
Eles sempre enganam, aprendi
Nem lamentar a fome de quem está fodido
Nem o médico, o padre ou o pastor
Não vou me afogar nas mulheres
Não vou falar bem do governo
Hoje não serei patriota
Não vou babar no pôr do sol
Hoje eu vou é vomitar todos os sapos no colo do meu patrão
Não vou ler jornal nem me olhar no espelho
Hoje não vou salivar pelo meu prato preferido
Hoje não vou tomar partido
Que gosto estranho tem a liberdade.
Nem no remédio que meu melhor amigo tem pra dor
Nem mal da oposição
Que se dane o Brasil, a China, o Afeganistão
Nem amaldiçoar a poluição
Eles sempre enganam, aprendi
Nem lamentar a fome de quem está fodido
'Cansei de filme de guerra, holocausto, tortura, exorcismo, crise existencial, sequestros, erro médico, suicídio, trapaça. Agora só vejo comédia romântica, dessas que não valem o preço do ingresso. Ando abençoando a alienação...'
Andrea-anônimo
Andrea-anônimo
Tenho como o melhor da vida, depois da santa saúde, a seminal liberdade.
Porém, "O preço da liberdade é a eterna vigilância".
Concordo com o Napoleão Bonaparte: "A maior batalha que eu travo, é contra mim mesmo."
Ato contínuo, creio que, para a verdadeira liberdade, necessitamos nos voltar para nós mesmos, vigiando nossos pensamentos. Porque são eles que comandam nossas vidas e podem gerar sentimentos que funcionam tal qual prisão, como a raiva, o ciúme, o medo, a inveja, a tristeza, a angústia, e que podem nos levar a atitudes nocivas...ou de transferência e projeção e sairmos culpando tudo e todos por nossos desacertos.
Assim, se as coisas não estiverem indo bem , nos sentindo presos de alguma forma, paremos e observemos nossas atitudes, sentimentos e pensamentos. Quem quer ser realmente livre, deve estar sempre vigilante, mas não somente atento a jornais, teve, enfim, ao resto do mundo, como muitos pensam. Quem quer gozar a verdadeira liberdade, deve tomar cuidado com os próprios pensamentos. Esse é o preço. Há mentes livres na prisão e mentes presas nas praças e jardins.
Muitos tolos supõem que alienando-se politicamente, estarão livres.
"Política não é partido (político). Partido é uma das formas de fazer política. Faz-se política na família, na igreja, no trabalho, na escola e também na gestão pública. Desse ponto de vista, é preciso se interessar por política para não cair numa postura individualista, tolamente exclusiva", pontua Mario Sergio Cortella.
Quem melhor esquadrinhou esta questão, na minha desimportante conceituação foi Bertolt Brecht: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais".
Marcos Lúcio-anônimo